Eis-me aqui lendo novamente Dan Brown. Apenas pela
curiosidade gerada por um comentário solto sobre o livro “Origem”.
Neste, Langdom torna-se Superman apenas uma vez. E para quem
for seu fã, é desestimulante. Mas, dessa figura pode-se esperar principalmente
conhecimento. E nisso, o livro é pródigo.
Apesar da história medíocre, com espasmos de brilhante, valeu a leitura porque
consegui aprender mais sobre informática, o revolucionário catalão Gaudì e sua
obra e sobre o magnífico Museu Guggenheim, além de um pouco mais sobre física,
química e biologia. E até um pouco sobre Barcelona.
Obra de baixa qualidade literária, sua leitura vale sobretudo para quem fizer
sérias reflexões sobre o que está lendo, colocando os leitores em cheque com
suas crenças e seus conhecimentos, fazendo-os pensar com rigor sobre o que nos
espera no futuro. E, aqui sim, qualifico o livro como essencial. Ignoro outras
obras populares que nos levem a refletir, desta forma, sobre a origem de tudo – e
principalmente da vida - fora da confortável aceitação das diversas imposições
religiosas. Este é um livro essencialmente agnóstico, assim como seu autor,
cujas demais obras também são balizadas pelo frequente constrangimento de/ou
desvirtuar ou dar ênfase a idiotias relacionadas principalmente ao cristianismo
e seus escritos.
Até onde a tecnologia é uma benesse? A partir de
quando se torna prejudicial à humanidade? E as crendices e as religiões, podem
ser avaliadas da mesma forma? Eis aqui o cerne do enredo conduzido em sua maior
parte por um programa de computador humanizado e super desenvolvido, colocando
o nosso conhecido Hal, do filme 2001, Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke) na sola do
chinelo. Cada coisa no seu tempo, afinal estamos já em 2018.
Enfim, trata-se de um livro que tanto
nos meios acadêmicos e científicos como nos religiosos deve tornar-se razão de
eventuais comentários, com certeza grotescos. E para que o meu também não o
fique, paro por aqui. Realmente não há mais o que falar sobre esta obra.
E para quem ficar (bem ou mal) impressionado com Origem, recomendo
a leitura de A Questão Vital - Por que a vida é como é? , de Nick
Lane, da Editora Rocco, uma instigante
viagem que começa quatro bilhões de anos atrás, quando uma célula sofisticada
surgiu de progenitores bacterianos, e mostra que toda forma de vida complexa na
Terra – de seres humanos a árvores e abelhas – compartilha de um único
ancestral comum. Um evento que nunca mais se repetiu na história.
Todavia, não posso deixar de recomendar também a leitura dos dois best sellers da atualidade, pesquisados e escritos pelo dedicado professor israelense Yuval Noah Harari: Sapiens: Uma breve história da Humanidade e Homo Deus: Uma breve história do amanhã.
Todavia, não posso deixar de recomendar também a leitura dos dois best sellers da atualidade, pesquisados e escritos pelo dedicado professor israelense Yuval Noah Harari: Sapiens: Uma breve história da Humanidade e Homo Deus: Uma breve história do amanhã.
Por Valdemir Martins
Em 18/12/2017.
Revisado em 18/01/2018.
Revisado em 18/01/2018.
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