O norte americano Stephen
King é um monstro. Insuperável em seu campo literário na atualidade, assim
como o foram Shakespeare, Dostoievski, Agatha Christie, Rimbaud, Faulkner e
Saramago, entre outros, nos seus.
Sua mais recente obra publicada no Brasil, O Instituto, é o ápice dessa
afirmativa. O mestre aqui é bastante parcimonioso na fantasia, mas prodigaliza
criatividade e talento no suspense. A leitura desse livro torna-se um grude,
sendo muito difícil interromper sua leitura e tirá-lo da memória enquanto
fazemos outras coisas.
Aqui ele desenvolve um protagonista incrível no qual todos
apostam suas fichas. E perdem. O jogo é brutal e outro protagonista e diversos
personagens fortes começam a participar da trama e a proporcionar ondas de
suspense, revolta e emoção nas 544 páginas da obra.
Este seu 61º livro envolve mais uma vez diversas crianças e,
neste caso, com dotes sobrenaturais, raptadas de seus lares e levadas para um local
onde serão estudadas por uma organização inescrupulosa e King mais uma vez transforma crianças em
heróis da sua história. Com sua maestria, ele nos envolve num mundo de
suspense, ansiedade e horror onde o bem às vezes é vencido pelo mal.
Alguns personagens vão marcar-nos
com suas lições importantes como o valor da amizade, da sinceridade, da coragem
e da não submissão às injustiças, enquanto a equipe dessa organização é
sinistra e não tem limites aos maltratos, à falsidade, dando oportunidade excepcional
para o autor explorar as mentes e comportamentos de líderes e comandados sociopatas.
King mais uma vez traz um
alerta para seu trauma de catástrofes globais, sempre potencialmente comandadas
por mentes humanas distrofiadas. A convivência aparentemente pacífica entre as
distrofias, sociopatias e os defensores do bem estarão sempre se contrabalançando.
Fica aí mais um clamor de alerta do genial Stephen King.
Valdemir Martins
01/11/2019.
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