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19 de nov. de 2019

O Instituto, de Stephen King: um prodígio em criatividade e talento no suspense. ****


O norte americano Stephen King é um monstro. Insuperável em seu campo literário na atualidade, assim como o foram Shakespeare, Dostoievski, Agatha Christie, Rimbaud, Faulkner e Saramago, entre outros, nos seus.

Sua mais recente obra publicada no Brasil, O Instituto, é o ápice dessa afirmativa. O mestre aqui é bastante parcimonioso na fantasia, mas prodigaliza criatividade e talento no suspense. A leitura desse livro torna-se um grude, sendo muito difícil interromper sua leitura e tirá-lo da memória enquanto fazemos outras coisas.

Aqui ele desenvolve um protagonista incrível no qual todos apostam suas fichas. E perdem. O jogo é brutal e outro protagonista e diversos personagens fortes começam a participar da trama e a proporcionar ondas de suspense, revolta e emoção nas 544 páginas da obra.
 
Este seu 61º livro envolve mais uma vez diversas crianças e, neste caso, com dotes sobrenaturais, raptadas de seus lares e levadas para um local onde serão estudadas por uma organização inescrupulosa e King mais uma vez transforma crianças em heróis da sua história. Com sua maestria, ele nos envolve num mundo de suspense, ansiedade e horror onde o bem às vezes é vencido pelo mal.

Alguns personagens vão marcar-nos com suas lições importantes como o valor da amizade, da sinceridade, da coragem e da não submissão às injustiças, enquanto a equipe dessa organização é sinistra e não tem limites aos maltratos, à falsidade, dando oportunidade excepcional para o autor explorar as mentes e comportamentos de líderes e comandados sociopatas.

King mais uma vez traz um alerta para seu trauma de catástrofes globais, sempre potencialmente comandadas por mentes humanas distrofiadas. A convivência aparentemente pacífica entre as distrofias, sociopatias e os defensores do bem estarão sempre se contrabalançando. Fica aí mais um clamor de alerta do genial Stephen King.

Valdemir Martins
01/11/2019.