A narrativa incógnita dos atos e
dos perfis dos suspeitos de ser um psicopata cruel levam a dúvidas, apostas e
certezas do leitor sempre derrubadas pela competente prosa do norueguês Jo
Nesbo. Seu texto é de uma fluidez
desconcertante, ideal para os apreciadores de romances policiais de suspense e
de terror. Texto sucinto e objetivo com os mesmos efeitos só encontrei nos
livros do best-seller norte americano James Patterson, tido como um dos autores
de livros policiais mais vendidos no mundo.
Nesta história eletrizante
denominada Boneco de Neve, Nesbo nos traz um suspense envolvente como numa
corrida de revezamento onde um suspeito vai passando o bastão para o outro. Tudo
para conseguir parar um serial killer cujas vítimas têm sempre uma ligação real
ou sugestiva com bonecos de neve que chegam até a levar traumas às equipes
policiais. E Nesbo consegue revelar o culpado contando, inesperadamente, toda
história e trauma desse personagem faltando ainda cerca de quinze por cento de
texto para terminar o livro. Mas a obra continua com toda uma tensa caçada
prendendo o leitor até o fim.
O livro em si não tem lá um grande
valor literário. É muito bem escrito; é envolvente; é todo muito bem embasado
em dados científicos não suscitando dúvidas sobre alegações e situações citadas.
Apenas as situações de ação finais são, na minha modesta percepção, um tanto
forçadas. Mas aí você já está nas páginas finais e acaba aceitando o vale-tudo.
Por Valdemir Martins
Em 23/01/2018.
Por Valdemir Martins
Em 23/01/2018.
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