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23 de jan. de 2018

Boneco de Neve entrando numa fria.

A narrativa incógnita dos atos e dos perfis dos suspeitos de ser um psicopata cruel levam a dúvidas, apostas e certezas do leitor sempre derrubadas pela competente prosa do norueguês Jo Nesbo.  Seu texto é de uma fluidez desconcertante, ideal para os apreciadores de romances policiais de suspense e de terror. Texto sucinto e objetivo com os mesmos efeitos só encontrei nos livros do best-seller norte americano James Patterson, tido como um dos autores de livros policiais mais vendidos no mundo.

Nesta história eletrizante denominada Boneco de Neve, Nesbo nos traz um suspense envolvente como numa corrida de revezamento onde um suspeito vai passando o bastão para o outro. Tudo para conseguir parar um serial killer cujas vítimas têm sempre uma ligação real ou sugestiva com bonecos de neve que chegam até a levar traumas às equipes policiais. E Nesbo consegue revelar o culpado contando, inesperadamente, toda história e trauma desse personagem faltando ainda cerca de quinze por cento de texto para terminar o livro. Mas a obra continua com toda uma tensa caçada prendendo o leitor até o fim.


O livro em si não tem lá um grande valor literário. É muito bem escrito; é envolvente; é todo muito bem embasado em dados científicos não suscitando dúvidas sobre alegações e situações citadas. Apenas as situações de ação finais são, na minha modesta percepção, um tanto forçadas. Mas aí você já está nas páginas finais e acaba aceitando o vale-tudo.

Por Valdemir Martins
Em 23/01/2018.

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