Pelo ineditismo da história e pela dificuldade de imaginarmos a situação de nada ver, sem sermos cegos e sem a experiência e o aprendizado desse deficiente visual, o livro de estreia de Josh Malerman, Caixa de Pássaros, sem paradoxismo, tornou-se um best-seller da noite para o dia. Trata-se de um thriller psicológico tenso e quase aterrorizante, que explora a essência do medo.
Um texto viciante que quando iniciamos não
queremos parar, bem no âmago das mais tensas novelas de Stephen King. Apesar de
acharmos inicialmente algumas situações um pouco forçadas, a partir do momento em
que imergimos na leitura entendemos o porquê de as situações assim o serem. Não
há alternativas. Andar e se virar na escuridão auto imposta ou morrer.
Numa narração alusiva, este thriller pós-apocalíptico não perdoa
vidas. É massacrante. E não bastasse o terror imposto pelo surto inédito e
avassalador, a protagonista e os principais personagens ainda têm que lidar com
a falta de confiança um no outro, a insegurança das situações impostas e com os
desconhecidos e imprevisíveis aspectos dos sons e movimentos do ar. Coração
sempre na boca ou na mão; haja fôlego.
Para salvar a família vale tudo. Só que a
protagonista não é desonesta e hostil como a maioria dos sobreviventes. Resta,
então, usar a inteligência que terá que prevalecer sobre incidentes, imprevistos,
traições, mistérios e desafetos.
Quatro anos depois, com quase todos mortos,
surge uma nesga de esperança. Começa então uma nova aventura cheia de
percalços, surpresas e terror. A esperança passa a ser o fio condutor.
Não deixe de ver!
Valdemir Martins
16.04.2018
Fotos: 1. capa do livro; 2. violência para sobreviver; 3. procurando alternativas; 4. salvando a família; 5. Josh Malerman
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