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27 de out. de 2016

Doce como um espírito juvenil

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Patti Smith
Um espírito jovem é aquele que nos permite viver muito. Para alguns, eternamente. Patti Smith, cantora, musicista, poetisa e escritora norte-americana, 69 anos, introduziu o feminismo e o intelectualismo no movimento punk nas décadas de 60 e 70 principalmente, tornou-se uma das mulheres mais influentes do rock and roll. Uma voz marcante, personalidade forte e, apesar de seu atual aspecto masculinizado, é muito sensual e feminina. Um permanente espírito jovem.
Uma gravação sua, há cerca de  dez anos, de um compositor eternamente jovem, com uma interpretação magistral e fabuloso arranjo de sua banda, bem demonstra esse espírito. Ouça “Smell Like a Teen Spirit”, consagrado sucesso da banda Nirvana, e perceba por que dizem que Kurt Cobain levantou-se da tumba para aplaudi-la: 

Recomendo também a leitura do livro “Só Garotos” (Companhia das Letras), escrita autobiográfica de Patti Smith. Veja a resenha: Crescida numa família modesta de Nova Jersey, Patti trabalhou em uma fábrica e entregou seu primeiro filho para adoção, antes de se mandar para Nova York, com vinte anos, um livro de Rimbaud na mala e nada no bolso. Era o final dos anos 1960, e Patti teve de se virar como pôde: morou nas ruas de Manhattan, dividiu comida com um mendigo, trabalhou e dormiu em livrarias e até roubou os colegas de trabalho, enquanto conhecia boa parte dos aspirantes a artistas que partilhavam a atmosfera contestadora do famoso “verão do amor”. Foi então que conheceu o rapaz de cachos bastos que seria sua primeira grande paixão: o futuro fotógrafo Robert Mapplethorpe, para quem Patti prometeu escrever este livro, antes que ele morresse de AIDS, em 1989.

“Só garotos” é uma autobiografia cativante e nada convencional. Tendo como pano de fundo a história de amor entre Patti e Mapplethorpe, o livro é também um retrato apaixonado, lírico e confessional da contracultura americana dos anos 1970, desfiado por uma de suas maiores expoentes viva. Muitas vezes sem dinheiro e sem emprego, mas com disposição e talento de sobra, os dois viveram intensamente períodos de grandes transformações e revelações — até mesmo quando Robert assume ser gay ou quando suas imagens ousadas e polêmicas começam a ser reconhecidas e aclamadas pelo mundo da arte. Ao refazer os laços sinceros de uma relação muito peculiar, Patti Smith revela-se uma escritora e memorialista de grande calibre — e o modo como seu texto reflete a lealdade dos dois é comovente, apesar de todas as diferenças.
Curta também sua música legenda “Waiting Underground”:
e seu famoso e emblemático “Horses”:

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