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27 de out. de 2016

The Rose Joplin

She gave,  and  gave, and gave. And now have not to give.

Janis Joplin. Um nome. Muito falado e pouco conhecido, principalmente por aqui. Os mais jovens, então, nunca devem ter ouvido falar desta personagem de voz e performances celestiais. Um ser lindo, com história depressiva e até deprimente, mas insuperável em seu típico talento musical.
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Foto: Ricky Ferreira/revista Trip
Amada e muito reverenciada pelos fãs e principalmente críticos e músicos da década de 1960 – Jim Morrison, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Kris Kristofferson, entre outros – foi considerada uma das 100 maiores artistas de todos os tempos pela revista Rolling Stones e destacou-se internacionalmente como maior intérprete de rock, blues e soul music, em especial nos Estados Unidos, mas muito pouco por aqui nas plagas tupiniquins, curtida apenas por uma elite cultural e musical.
Assim, quem não conhece sua curta história musical (basicamente apenas quatro anos), ou quem já ouviu e gostou de sua música e voz, deve ler esta matéria chocante da revista Trip para conhecer, ironicamente, o inferno e o paraíso na vida de uma pessoa por aqui desconhecida:
Morta em 4 de outubro de 1970, em Los Angeles, Califórnia, por overdose de heroina, com apenas 27 anos – coincidentemente como seus contemporâneos Brian Jones (Rolling Stones), Jimi Hendrix, Jim Morrison (The Doors), Pete Ham (Badfinger) e outros roqueiros famosos mais atuais como Kurt Cobain (Nirvana) e Amy Whinehouse – Joplin viveu toda a efervescência do movimento hippie, das cantigas de protestos, da descoberta do psicodelismo, das drogas e do Zen, e da marcante geração da Guerra do Vietnã.
Nascida Janis Lyn Joplin em Port Arthur (Texas) em 1943, cresceu ouvindo blues e folk music. Entrou para a Universidade do Texas onde adotou as vestes dos chamados “poetas da geração beat” e começou a usar drogas, principalmente a heroína, e a beber, preferencialmente licor de frutas e uísque. Conheceu a banda Big Brother and The Holding Company onde se destacou, em 1967, com uma performance brilhante  no Festival Pop de Monterey,  cantando Ball and Chain
(https://www.youtube.com/watch?v=r5If816MhoU ) No final de 1968 formou o grupo Kozmic  Blues Band para se apresentar no histórico e lendário Festival de Woodstock. No ano seguinte formou a banda Full Tilt Boogie Band e com eles gravou o seu mais primoroso álbum (LP na época) Pearl de 1971, lançado após sua morte, e que teve, como destaque, as canções "Me and Bobby McGee" (de Kris Kristofferson) e   "Mercedes-Benz", escrita pelo poeta  beatnik Michael McClure (https://www.youtube.com/watch?v=sfjon-ZTqzU  e   (https://www.youtube.com/watch?v=Qev-i9-VKlY  

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As últimas gravações que Janis fez foram Mercedes Benz e Happy Trails, sendo a última feita como um presente de aniversário para John Lennon, que faria aniversário em 9 de outubro.      ( https://www.youtube.com/watch?v=S6ThBBYUmEI )  Em entrevista, Lennon contou que a fita chegou em sua casa após a morte de Janis.
Vale à pena, ainda, ouvir sua fantástica interpretação do clássico Summertime, gravado em 1969, um ano antes de sua morte: https://www.youtube.com/watch?v=bn5TNqjuHiU

Filme

Resultado de imagem para cartaz filme A Rosa The RoseBaseado em sua vida, mas com muitas diferenças, o filme The Rose (A Rosa), com a extraordinária performance de Bette Midler e a participação de Alan Bates, foi lançado em 1979 – veja o trailer https://www.youtube.com/watch?v=DKir4VZKd4g , onde uma cantora pop (Bette Midler) sucumbe às pressões das diversas apresentações e se torna viciada em drogas e na bebida. Dyer (Frederic Forrest), sua paixão que também é seu motorista, tenta salvá-la da autodestruição, mas enquanto isto Rudge (Alan Bates), seu empresário inglês, é no final das contas o principal culpado por não preveni-la da inevitável decadência que sua carreira sofreria se vivesse no esquema do "sexo, drogas e rock'n roll". A história reflete os cantores populares que caíram vítimas do excesso de sucesso. Se quiser ver o filme, tente baixá-lo no site Filmes Cult (http://filmescult.com.br/a-rosa-1979 ). E bon voyage!

Livros

Três livros em português destacam-se para abordar tão delicada e conturbada biografia:

Resultado de imagem para livros janis joplin- “Com Amor, Janis Joplin”, escrita por sua irmã Laura, que imortalizou sua memória nas páginas do livro baseando-se nas cartas – muitas inéditas – sempre assinadas “Com amor, Janis Joplin”. Aqui, se revela também, o lado mais humano da cantora. Livro esgotado, lançado pela Editora Madras em 2007, e que pode ser adquirido no site de sebos Estante Virtual, entre outros.
Resultado de imagem para livros janis joplin- “Janis Joplin Por Ela Mesma”, Editora Martin Claret, livro do brasileiro Atanasio Cosme baseado nas notícias internacionais sobre a cantora (livro-clipping). Sinopse da editora: Janis Joplin, com pouco mais de 17 anos, já cantava em bares de beira de estrada em troca de bebida ou droga. Rebelde e atormentada, cantou com o mesmo fervor a violência do rock e o desespero do blues. Consagrada após o Festival de Monterey, em 1967, tornou-se uma superestrela do rock mundial. Seu primiero disco, 'Cheap Thrills', vendeu um milhão de cópias. Foi a única cantora branca capaz de cantar blues com sentimentos e  garra. 
Resultado de imagem para livros janis joplin Enterrada Viva” , escrita por Mira Friedman, editora Civilização Brasileira. A autora conta neste livro a história de toda uma geração. E foi coerente com ela: em seu livro não há bordados desnecessários, não há dècor, não há nada que lembre Hollywood. É um livro sofrido, angustiante. Mas de uma honestidade sensível, para com Janis, para com os freaks de San Francisco, para com a geração que viveu a época do sonho. Ela a considerava a intérprete mais profunda do apogeu da música popular internacional a partir do surgimento dos Beatles.



Brinde: música Move Over, do álbum Pearl, que foge ao tradicional de Joplin.
https://www.youtube.com/watch?v=eihw2hu65S0&list=PL52D3C98D22C1519B19B

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