Aqui, num curto texto machista, simplório e às vezes vulgar, duma temática vazia e cotidiana, ele escreve tentando o estilo Saramago, de uma só braçada, sem parágrafos ou raros pontos finais, misturando linguagem corriqueira com palavras rebuscadas – como se usasse o Google para auxiliá-lo na troca de repetições – e, como ele próprio descreve “toda essa agressão discursiva já beirava exaustivamente a monotonia” quando cheguei ao primeiro terço do livro. Muito chato.
Seu discurso lembra, às vezes, elucubrações oriundas de quem está em estado contemplativo, sob o efeito de algo ingerido. Não produto de inspiração poética, sentimental ou algo puro que se desprende da alma, ou mesmo de devotamento histórico como a crítica sugere sobre seu livro anterior.
Claro que ele não tem que escrever como eu gosto. Ele é Raduan Nassar. Tem quem elogie e goste, e respeito. Tem até quem o considere “um clássico de nossos tempos”. Eu, particularmente, detestei e espero que respeitem.
Vou ler Lavoura Arcaica para lavar a má impressão.
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Valdemir Martins
11.02.2024
Fotos: 1. Capa do livro; 2. Capa do Lavoura Arcaica; 3. Elogios aos Lavoura Arcaica; 4. Raduan Nassar.
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