O complexo
e obscuro cenário sócio-político no qual vivemos hoje e a constante referência a fatos estranhos e coordenados
apresentados por jornalistas e analistas políticos tidos como sérios, levou-me
a procurar inteirar-me das principais ações políticas, econômicas e sociais contemporâneas.
Descobri, surpreendentemente, existir um movimento de formação, pacientemente
lento e gradual, de um governo globalista único. Isso, nos moldes próximos aos
nossos apreciados livros de distopias de Huxley, Bradbury, Atwood, Dick, Orwell
e Burgess, entre outros, alguns até citados pelo autor no livro que vou
comentar.
Por indicações de estudiosos na internet e amigos, cheguei ao
alarmante “Introdução à Nova Ordem
Mundial”, do brasileiro Alexandre
Costa. E na medida em que avança na leitura você se convence que tem nas
mãos um livro de terror. Não por sê-lo, mas por narrar os resultados das
pesquisas efetuadas pelo autor e suas constatações estarrecedoras. Cada página
é um sobressalto.
Costa destrincha, de forma didática – por ser um assunto
profundamente complexo -, uma situação que se desenvolve no mundo hoje e como
isso acontece em especial em nosso país. Trata-se do movimento internacional
denominado Nova Ordem Mundial (NOM), financiado e orientado por grandes
banqueiros e empresários (Jeff Bezos, George Soros e os Rothschild e Rockfeller, por exemplo) e por lideranças políticas e sociais de tendência de
esquerda (e até islamita).
Segundo
Costa, esse poderoso movimento, comandado pelos populares globalistas, dão o
tom a todas as tendências e articulações políticas, econômicas e sociais no
mundo. Objetivam, utopicamente, um governo planetário, nos moldes das
conhecidas distopias literárias e cinematográficas que tratam do tema, como já
citamos.
Seus
movimentos são financiados por corporações e grandes banqueiros internacionais,
fundações bilionárias que se dedicam ao domínio dos “interesses sociais”, e por
condutores políticos como a ONU, o Open Society (Soros), o Clube Bilderberger, o Federal Reserch, o
movimento Diálogo Interamericano, entre outras corporações poderosas. Assim,
mantêm, através do controle financeiro e ideológico de fundações,
universidades, partidos políticos e órgão de imprensa, as campanhas eleitorais,
de difamação e de aglutinação que lhes interessam.
A NOM
encontra respaldo e se utiliza dos movimentos e líderes comunistas, socialistas
e tiranos em geral simpatizantes de causas geralmente anarquistas como o
aborto, a homofobia, o racismo, a intolerância ao cristianismo, o empoderamento
feminino, o controle da internet, a extinção da família e das tradições, entre
outros. Um dos recursos mais utilizados, por exemplo, diante da impossibilidade
de se refutar uma informação, é a desqualificação. É o meio mais usual dos
pérfidos manipuladores, procurando desvirtuar o foco de uma discussão importante
que não interessa a seu grupo. A pecha de fake
news - ou no bom português, mentira - é o rótulo mais corriqueiro nessa
armação abstrusa.
Para não cair no ranço da eterna discussão entre “esquerda” e
“direita”, deixo para os próximos leitores e suas simpatias absorverem – ou não
- as informações da obra que procuram demonstrar as conexões, objetivos e
consequências diretas e indiretas dos fatos apresentados. A velhíssima ideia de
um governo mundial (os primeiros indícios remontam ao século XXIII a.C.) toma
força e forma na atualidade, segundo o autor. E é disso que trata o livro.
Para Costa, o plano espetacular vem tendo um sucesso grandioso,
principalmente nas últimas décadas. E três grandes forças disputam hoje a
hegemonia mundial, cada um por si, mas utilizando suas “fundações”, trilhando
as mesmas estratégias e, consequentemente, intensificando as maquiavélicas
acrobacias para transformar a visão e a consciência das pessoas para seus
objetivos.
Segundo ele, “O abandono de antigos valores tradicionais e a
aceitação de um novo modelo de sociedade tem sido o objetivo das fundações há
muitas décadas. Elas se utilizam de uma rede de organizações praticamente
impossível de rastrear, são centenas de organizações internacionais, que por
sua vez financiam milhares de organizações menores e assim por diante,
afunilando até chegar à verba que paga a bandeira e a camiseta do ativista que
pensa estar protestando contra “o capital”.
Por meio de dissimulações ensinadas pelo italiano Antonio
Gramsci, que vão da ecologia aos direitos humanos, estão implantando todos os
princípios históricos do ideal coletivista. Um dos mais inteligentes
estrategista do movimento, o húngaro György Lukács, usa o pensamento de Kant, as
técnicas de Hegel e a filosofia marxista para sugerir aos engenheiros sociais a
elaboração das armadilhas que dão robustez à ação dos globalistas.
A
informática, a telefonia celular, o rádio e a TV, os satélites, a internet e a
comunicação de massa, via aplicativos e redes sociais, constituem-se no melhor
ambiente dos recursos necessários para formalizar ideias de controle social,
permanentes e graduais, que foram impossíveis de ser aplicadas quando
idealizadas por algumas mentes sombrias desde o século XIX.
Há
décadas a população é “catequizada” subliminarmente e hoje, como gado, segue os
preceitos e preconceitos dos tais poderosos globalistas. O conteúdo utilizado
com estas técnicas, no entanto, deriva do surgimento das ciências de persuasão,
condicionamento, manipulação e lavagem cerebral, que assim como estas
tecnologias, são produtos da modernidade. O que faz desses pretensos tiranos
serem muito mais poderosos do que qualquer um dos seus antecessores que
tentaram usar a força bruta.
Realmente
ler este livro é perturbador e sem volta. Você nunca mais será o (a) mesmo (a).
Valdemir
Martins
30.03.2021
Fotos: 1. capa do livro; 2. Federal Research; 3. ONU; 4. Fundação Rockfeller; os líderes Xi Jinping e Putin; Reunião do Foro de São Paulo; José Dirceu; Gramsci; pichação; o autor Alexandre Costa.
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