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28 de mar. de 2021

Introdução à Nova Ordem Mundial: um verdadeiro livro de terror

O complexo e obscuro cenário sócio-político no qual vivemos hoje e a constante referência a fatos estranhos e coordenados apresentados por jornalistas e analistas políticos tidos como sérios, levou-me a procurar inteirar-me das principais ações políticas, econômicas e sociais contemporâneas. Descobri, surpreendentemente, existir um movimento de formação, pacientemente lento e gradual, de um governo globalista único. Isso, nos moldes próximos aos nossos apreciados livros de distopias de Huxley, Bradbury, Atwood, Dick, Orwell e Burgess, entre outros, alguns até citados pelo autor no livro que vou comentar.

Por indicações de estudiosos na internet e amigos, cheguei ao alarmante “Introdução à Nova Ordem Mundial”, do brasileiro Alexandre Costa. E na medida em que avança na leitura você se convence que tem nas mãos um livro de terror. Não por sê-lo, mas por narrar os resultados das pesquisas efetuadas pelo autor e suas constatações estarrecedoras. Cada página é um sobressalto.

Costa destrincha, de forma didática – por ser um assunto profundamente complexo -, uma situação que se desenvolve no mundo hoje e como isso acontece em especial em nosso país. Trata-se do movimento internacional denominado Nova Ordem Mundial (NOM), financiado e orientado por grandes banqueiros e empresários (Jeff Bezos, George Soros e os Rothschild e Rockfeller, por exemplo) e por lideranças políticas e sociais de tendência de esquerda (e até islamita).

Segundo Costa, esse poderoso movimento, comandado pelos populares globalistas, dão o tom a todas as tendências e articulações políticas, econômicas e sociais no mundo. Objetivam, utopicamente, um governo planetário, nos moldes das conhecidas distopias literárias e cinematográficas que tratam do tema, como já citamos.

Seus movimentos são financiados por corporações e grandes banqueiros internacionais, fundações bilionárias que se dedicam ao domínio dos “interesses sociais”, e por condutores políticos como a ONU, o Open Society (Soros), o Clube Bilderberger, o Federal Reserch, o movimento Diálogo Interamericano, entre outras corporações poderosas. Assim, mantêm, através do controle financeiro e ideológico de fundações, universidades, partidos políticos e órgão de imprensa, as campanhas eleitorais, de difamação e de aglutinação que lhes interessam.

A NOM encontra respaldo e se utiliza dos movimentos e líderes comunistas, socialistas e tiranos em geral simpatizantes de causas geralmente anarquistas como o aborto, a homofobia, o racismo, a intolerância ao cristianismo, o empoderamento feminino, o controle da internet, a extinção da família e das tradições, entre outros. Um dos recursos mais utilizados, por exemplo, diante da impossibilidade de se refutar uma informação, é a desqualificação. É o meio mais usual dos pérfidos manipuladores, procurando desvirtuar o foco de uma discussão importante que não interessa a seu grupo. A pecha de fake news - ou no bom português, mentira - é o rótulo mais corriqueiro nessa armação abstrusa.

Para não cair no ranço da eterna discussão entre “esquerda” e “direita”, deixo para os próximos leitores e suas simpatias absorverem – ou não - as informações da obra que procuram demonstrar as conexões, objetivos e consequências diretas e indiretas dos fatos apresentados. A velhíssima ideia de um governo mundial (os primeiros indícios remontam ao século XXIII a.C.) toma força e forma na atualidade, segundo o autor. E é disso que trata o livro.

Para Costa, o plano espetacular vem tendo um sucesso grandioso, principalmente nas últimas décadas. E três grandes forças disputam hoje a hegemonia mundial, cada um por si, mas utilizando suas “fundações”, trilhando as mesmas estratégias e, consequentemente, intensificando as maquiavélicas acrobacias para transformar a visão e a consciência das pessoas para seus objetivos.

Segundo ele, “O abandono de antigos valores tradicionais e a aceitação de um novo modelo de sociedade tem sido o objetivo das fundações há muitas décadas. Elas se utilizam de uma rede de organizações praticamente impossível de rastrear, são centenas de organizações internacionais, que por sua vez financiam milhares de organizações menores e assim por diante, afunilando até chegar à verba que paga a bandeira e a camiseta do ativista que pensa estar protestando contra “o capital”.

Por meio de dissimulações ensinadas pelo italiano Antonio Gramsci, que vão da ecologia aos direitos humanos, estão implantando todos os princípios históricos do ideal coletivista. Um dos mais inteligentes estrategista do movimento, o húngaro György Lukács, usa o pensamento de Kant, as técnicas de Hegel e a filosofia marxista para sugerir aos engenheiros sociais a elaboração das armadilhas que dão robustez à ação dos globalistas.

A informática, a telefonia celular, o rádio e a TV, os satélites, a internet e a comunicação de massa, via aplicativos e redes sociais, constituem-se no melhor ambiente dos recursos necessários para formalizar ideias de controle social, permanentes e graduais, que foram impossíveis de ser aplicadas quando idealizadas por algumas mentes sombrias desde o século XIX.

Há décadas a população é “catequizada” subliminarmente e hoje, como gado, segue os preceitos e preconceitos dos tais poderosos globalistas. O conteúdo utilizado com estas técnicas, no entanto, deriva do surgimento das ciências de persuasão, condicionamento, manipulação e lavagem cerebral, que assim como estas tecnologias, são produtos da modernidade. O que faz desses pretensos tiranos serem muito mais poderosos do que qualquer um dos seus antecessores que tentaram usar a força bruta.

Realmente ler este livro é perturbador e sem volta. Você nunca mais será o (a) mesmo (a).


Valdemir Martins

30.03.2021 

Fotos: 1. capa do livro; 2. Federal Research; 3. ONU; 4. Fundação Rockfeller; os líderes Xi Jinping e Putin; Reunião do Foro de São Paulo; José Dirceu; Gramsci; pichação; o autor Alexandre Costa.

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